Mulher profissional fisioterapeuta com jaleco aberto - Juliana Botti

Pré, Trans e Pós-operatório

O acompanhamento pelo fisioterapeuta numa cirurgia plástica começa antes mesmo da operação, através de uma avaliação no pré-operatório.

Pré-operatório: nessa fase além de orientar e trabalhar o paciente em relação ao uso da cinta, alimentação, hidratação da pele, remoção de toxinas e exercícios de bomba de panturrilha (prevenir TVP), podemos trabalhar com a melhora da postura, padrão respiratório e fortalecimento muscular. Para cirurgias de face é interessante realizar a limpeza de pele e hidratação para a melhor recuperação da cirurgia.

No Trans-operatório, indicamos a utilização do taping, que é aplicado por um fisioterapeuta credenciado. O uso de taping no Trans-operatório garante a aceleração da absorção de equimose (roxo) e edemas, contribuindo para uma cicatrização mais rápida e mais saudável. Sem contar com menor risco de complicações.

Pós-operatório: Nessa fase é quando, normalmente, mais a fisioterapia atua.

A fisioterapia pode trabalhar com vários recursos para potencializar o resultado da cirurgia e acelerar a recuperação do paciente.

Podemos atuar dentro do hospital com recursos para melhorar o padrão respiratório e a postura, estimular a drenagem global, na prevenção de trombose, entre outros benefícios que, com certeza, irão potencializar o resultado do tratamento.

Já no consultório, além desses recursos já citados acima, a fisioterapia trabalha com uso de técnicas e recursos específicos para cada fase do reparo tecidual. No primeiro momento, controlando o edema para prevenir a deposição excessiva de colágeno (prevenir fibrose) e melhorar a nutrição, circulação sanguínea e linfática, e, depois, organizando as fibras de colágeno de forma que o tecido mantenha sua funcionalidade.

Após esse momento, ainda podemos trabalhar a postura, fortalecimento muscular, mobilização pélvica e propiocepção.

Todo o tratamento é individualizado e depende do trauma cirúrgico, da resposta do organismo de cada um e, principalmente, do paciente seguir todas as orientações dadas pelo médico e fisioterapeuta como: uso da cinta e sutiã, repouso e movimentos permitidos, alimentação e hidratação da pele.

O tratamento com um profissional qualificado ajuda a prevenir complicações como fibrose, aderência tecidual, seroma, deiscência de cicatriz e a acelerar o processo de recuperação tecidual. Assim, permite ao paciente um retorno mais rápido às suas atividades e um resultado estético e funcional satisfatório.