O que é o SEROMA?

As cirurgias plásticas evoluíram muito nos últimos anos, mas algumas reações do nosso corpo não temos como evitar de acontecer totalmente.

Estas reações causam um certo receio nos pacientes, mas elas são naturais de acontecer e com o acompanhamento de uma equipe profissional e preparada, algo que não é nada grave.

Neste artigo iremos falar do seroma, uma reação comum do organismo que pode acontecer em qualquer cirurgia, em especial naquelas em que ocorre manipulação da pele e do tecido adiposo.

Na cirurgia plástica, os principais procedimentos que podem causar o seroma são a abdominoplastia, a lipoaspiração de alta definição e reconstrução de mama.

O seroma é caracterizado pelo acúmulo de líquido abaixo da pele, próxima da cicatriz cirúrgica. Isto acontece como resultado de uma reação inflamatória do sistema imunológico, causada pelo procedimento cirúrgico.

Ele costuma surgir durante no 8° ao 14° dia do pós-operatório, e entre seus primeiros sintomas estão o inchaço ou abaulamento da região, podendo ocorrer extravasamento de líquido amarelado pela cicatriz. Entre outros sintomas, estão dor, flutuação, pele avermelhada e aumento de temperatura no local da cicatriz, sintomas comuns de uma inflamação.

O paciente deve ser bem orientado pela equipe sobre isto, para que fique atento a esses sinais e, caso ocorram, procure a clínica onde fez o procedimento para ser avaliado.

Esta avaliação é necessária para confirmar se é mesmo um seroma e, caso confirmado, avaliar e acompanhar seu desenvolvimento e tratamento.

Quando pequeno e simples, pode ser reabsorvido naturalmente, entre 10 a 21 dias. Porém, se não for acompanhado e tratado corretamente, ele pode se tornar algo conhecido como seroma encapsulado, que ocorre quando ele é envolvido por um tecido fibroso e forma um tipo de cápsula, chamado de pseudobursa. Isso pode causar alterações no tecido, chegando mesmo a evoluir para deformidades em alguns casos, que necessitam de correção cirúrgica.

Além do acompanhamento, existem técnicas e equipamentos que devem ser usados para prevenir o seu surgimento, que devem ser prescritos e executados por fisioterapeutas capacitados, após analisar o caso do paciente de forma individualizada. Este tratamento pode se alterar e sofrer ajustes de acordo com a evolução do paciente.

A famosa cinta compressiva e as espumas ou as placas são extremamente importante nessa prevenção, pois promove a aderência dos tecidos, deixando os espaços embaixo da pele menores, não deixando assim espaço para o acúmulo de líquidos além de ajudar na cicatrização.

O taping, por sua vez, é uma técnica fantástica!

Bandagem elástica que apenas por ação mecânica ajuda na absorção desse seroma.

Foi desenvolvido por mim uma forma de aplicação do taping que consegue reabsorver esse líquido de forma mais rápida e evitar essas complicações. Então o mais importante é que o fisioterapeuta que vai lhe atender seja qualificado.