O Taping na Lipoaspiração

A cirurgia plástica já foi considerada um artigo de luxo, mas a cada ano vem se popularizando mais, chegando a liderar o ranking de países que mais fazem procedimentos estéticos no mundo.

Em uma pesquisa realizada em 2018 pela ISAPS – Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética e divulgada em 2019, o Brasil registrou a realização de mais de 1 milhão de cirurgias plásticas, além de 969 mil procedimentos estéticos não cirúrgicos.

Entre as cirurgias mais procuradas, a lipoaspiração ganha destaque, cirurgia esta que tem como objetivo a remoção de acúmulos de gordura localizada em algumas áreas do corpo, como abdômen, costas, coxas, braços e cintura. Esta remoção é feita com cânulas ligadas a um aparelho a vácuo que aspira esta gordura.

Com o avanço da tecnologia, continuamente vemos novidades, inclusive na lipoaspiração. Temos hoje em dia além da tradicional a LAD (Lipoaspiração de Alta Definição), que utiliza aparelhos diferentes como o Laser, o vaser (aparelho de alta frequência ultrassônica), o renuvion que proporciona uma maior definição dos contornos musculares.

Estas pessoas têm entre suas preocupações a recuperação da sua cirurgia, se vai demorar, causar dor, fibroses, ou seja, se vai dar tudo certo.

É uma grande responsabilidade por parte dos fisioterapeutas, que devem estudar cada caso desde antes da cirurgia e definir a melhor forma de tratamento. Felizmente, assim como a tecnologia traz novidades para as cirurgias, novas técnicas e aparelhos também surgem para auxiliar o fisioterapeuta, como o taping, que pode ser utilizado já dentro do centro cirúrgico em diversas cirurgias e a lipoaspiração é uma delas.

O taping linfático (corte em polvo) é uma técnica recente na fisioterapia voltada para a cirurgia plástica, embasada cientificamente, que consiste em uma bandagem elástica porosa, adesiva, hipoalergênica e sem princípios ativos, que pode permanecer em contato com a pele por vários dias.

Ele age apenas por ação mecânica, podendo ajudar na drenagem linfática, auxiliando na circulação do sangue, ativando o sistema analgésico endógeno e promovendo a regeneração tecidual.

Isso traz para o paciente de lipoaspiração uma série de benefícios, como diminuição da dor, evita o surgimento de equimoses (roxos), minimiza o edema (inchaço) e reduz as fibroses, além de proporcionar um maior conforto geral.

Com isso, a recuperação, que é uma das preocupações mais recorrentes, acaba se acelerando, tornando possível que o paciente tenha um retorno mais rápido às suas atividades, gerando consequentemente também uma economia financeira pelo menos, visto que irá diminuir o número se sessões de fisioterapia necessárias.

Por último, o paciente recebe uma melhoria de qualidade de vida enquanto está sendo tratado em dois aspectos muito interessantes, que é uma maior mobilidade que o taping fornece (e que também auxilia na recuperação) e na possibilidade que poder tomar banho sem problemas, pois as fitas não descolam nem perdem seu efeito terapêutico quando molhadas.

A única ressalva é que o taping só pode ser aplicado por fisioterapeutas qualificados, através de cursos, pois existe todo um método para a sua aplicação que permite que ele atinja os benefícios citados.