Tire suas dúvidas sobre a CINTA PÓS-CIRÚRGICA

Um dos itens mais conhecidos e associados à cirurgia plástica é a cinta pós-cirúrgica. É praticamente impossível que uma pessoa que se interessou por este tema não conhecê-la, por isso vamos explicar o motivo disso.

A cinta é muito utilizada no pós-operatório de diversos procedimentos cirúrgicos, os mais notáveis a lipoaspiração e a abdominoplastia, chegando mesmo a ser indispensável.

Ela exerce uma pressão sobre a área operada, ajudando na fixação e aderência da pele no local e reduzindo as chances de deslocamento dos tecidos. Com isso, auxilia na cicatrização e reduz a possibilidade de complicações pós-operatórias comuns de acontecer, como inchaços, rompimento de pontos e seroma (acúmulo de líquido na área descolada).

Em relação ao modelo, as cintas body e abdominal são as mais indicadas, a abdominal pela praticidade e a body por oferecer uma área de cobertura maior. Além disso, esses modelos permitem um ajuste fácil e confortável.

Nós da Clínica Juliana Botti, gostamos da cinta com bermuda pois apesar de ser mais difícil de vestir ela não comprimi os linfonodos da região inguinal e não machuca a região da virilha.

Quanto ao material da cinta, o elastano e a microfibra são os mais recomendados. Além da excelente capacidade de compressão, são materiais respiráveis, que trazem mais conforto durante o uso prolongado.

É necessário ficar atento ao tamanho correto e a pressão da cinta. Cintas muito justas ou de tamanho inadequado podem prejudicar a circulação do sangue e comprometer o pós-operatório. Além disso, é importante lembrar que a colocação da peça e quaisquer ajustes necessários, devem ser feitos com a ajuda de outra pessoa, evitando esforços e incômodos.

Contudo, ela não é uma peça de roupa, que basta pegar, colocar e pronto, usa do jeito que quiser. Ela tem uma função e características próprias, por isso alguns detalhes devem ser considerados.

O primeiro é quanto ao tempo de uso. Após a indicação de seu uso pelo fisioterapeuta, ele vai acompanhar a evolução do paciente e com isso verificar se ela pode ser retirada antes do previsto ou se deve ficar mais um pouco.

Acontece às vezes do paciente querer usar a cinta por mais um tempo, com o intuito de afinar ainda mais a cintura, e isso pode acarretar uma série de problemas.

A compressão da cinta pode piorar a assimetria abdominal e enfraquecer a musculatura da região. Além disso, pode causar dificuldade de respiração, má digestão, prisão de ventre e até mesmo um vício de postura.

E estes problemas podem até mesmo a chegar ao psicológico, pois a cinta mantém o corpo pressionado, mantendo-o mais “enxuto”, daí quando ela é retirada e o corpo volta ao natural a pessoa pode estranhar, gerando um estranhamento visual, chegando até mesmo a criar uma dependência da cinta, o que acaba agravando os problemas citados anteriormente.

Outro ponto é sobre a reutilização da cinta modeladora. Acontece do paciente perguntar se pode aproveitar a cinta que usou em outra cirurgia ou mesmo usar a de outra pessoa, de um parente ou de uma amiga.

Pode parecer algo simples, mas a orientação é para não ser reutilizada. A cinta vem de fábrica com a elasticidade e capacidade de compressão adequada para a sua função, de um jeito que não aperte demais nem fique frouxa.

Acontece que é normal que com o passar do tempo utilizando-a ocorra um desgaste e ele pode ser o suficiente para que ela não consiga cumprir adequadamente a sua função. Por mais que ao olharmos e manuseá-la não consigamos notar nenhuma diferença, pode ser que a sua elasticidade esteja comprometida a ponto de prejudicar a sua recuperação.

A cinta é essencial para uma boa saúde do paciente e sua recuperação, desde que utilizada corretamente.